
Passa ano, mudam as diretorias dos sindicatos, novos prefeitos são eleitos, mas a única coisa que não se transforma no transporte público de São Luís e da Ilha de forma geral, é essa tensão que tma conta do setor quando chega o momento dos patrões repassarem o reajuste salarial e em outros benefícios para os trabalhadores.
Se não tiver ameaça de greve por parte dos rodoviários e pedido de subsídio dos empresários para a Prefeitura de São Luís, não estamos falando de São Luís. É impressionante! O que deveria ser uma exceção, virou regra. Tá no calendário da cidade, assim como o Carnaval e o período junino.
Pois é. Teve reunião de mediação na tarde desta segunda-feira (13) na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT). Adiviha? Nada acertado entre as partes. Estiveram por lá os representantes dos rodoviários, dos empresários, da Prefeitura de São Luís, da MOB representando o Governo do Estado, mas depois de horas de conversa, nada acertado e enredo foi omesmo.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários já deu a letra. Segundo ele, os representates dos empresários dissram que pra bancar reajuste de salários e outros benefícios, só aumentando a passagem ou recebendo aquele “fortíssimo” repasse de verba da prefeitura (subsídio).
“Ficamos ouvindo eles discutindo planilha de custos e contraproposta pra gente, pra categoria dos rodoviários, não teve nenhuma. Só dariam ago pra gente, se realmente sinalizassem algo pra eles”, disse Marcelo Brito, presidente do Sindicato dos Rodoviários.
Com a indefinição, o sindicato disse que a greve é inevitável se nenhuma novidade acontecer ate a quinta-feira (16). Então, a previsão é que São Luís amanheça sem linhas rodando normalmente na quinta-feira.
E como esta “série” já tem roteiro batido toda temporada. O próximo a entrar em cena pode ser o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Se isso acontecer, com base no histórico recente, a decisão do tribunal nunca é a melhor pros rodoviários.
Os rodoviários reivindicamquerem reajuste salarial de 15%; valor do ticket alimentação de R$ 900, jornada de trabalho igual para todas as funções (motorista, cobrador e fiscal); manutenção do plano de saúde para o trabalhador e a inclusão de um dependente, e também a permanência dos cobradores no sistema.