
A Turma do Quinto anunciou que não vai desfilar como queria em 2023. Reclamando dos recursos da Prefeitura de São Luís, que demoraram a chegar para a agremiação, a escola vai fazer um desfile de protesto. O que é isso? Bem, a TQ vai pra passarela com dois carros alegóricos, cantando sambas de outros carnavais e seus integrantes vão com fantasias diversas, já que o enredo que vai homenagear os mais de 50 anos de carreira do cantor Josias Sobrinho, vai ficar para 2024. A Prefeitura de São Luís disse que o pagamento seguiu normalmente atendendo os prazos definidos.
Por enquanto apenas a Turma do Quinto se manifestou dessa forma entre as agremiações, mas na Câmara de Vereadores, o assunto repercutiu.
“Temos as emendas que são decisivas para o apoio do carnaval. Aqui, infelizmente, não temos um líder que possa nos esclarecer sobre esse recurso, por meio do qual, o vereador ajuda o bloco, a escola, o carnaval nas comunidades”, disse Astro de Ogum (PcdoB).
Outro vereador, Marcial Lima (Podemos), disse que esteve em reunião na Secretaria Municipal de Cultura (Secult), na terça-feira (14), e que o secretário Marco Duailibe garantiu que 70% das agremiações, como blocos e escolas já foram pagos.
“Cada bloco de carnaval tradicional, que vai participar do carnaval de passarela, o orçamento é de R$ 20 mil. Já para as escolas de samba o valor, que é de pouco mais de 96 mil, já foram pagos 70% do valor que é de direito”, disse Marcial Lima.
Um problema sério é esse repasse há anos por parte do poder público. Desta vez pelo que percebo é que a reclamação maior é contra a Prefeitura de São Luís.
Na minha opinião, essa cadeia produtiva do entretenimento em São Luís já deveria ter sido profissionalizada há muito tempo e o poder público pode ajudar muito nisso com a construção de uma arena fixa onde hoje é a Passarela do Samba (montada todo ano), com a definição de um calendário para não deixar as manifestações em atividade apenas nestas poucas semanas de Carnaval e do período junino, e da capacitação de gestores e promotores de eventos para desenvolver e administrar o cenário com no máximo o apoio do poder público e não mais o protagonismo, como funciona até hoje.
Abaixo, o samba da Turma do Quinto, que ficou pra 2024: