A morte de uma criança indígena da etnia Ka’apor foi motivo de fortes embates na sessão da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (18). Muitos deputados criticaram o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, pois a criança chegou em São Luís vinda de Zé Doca, distante 313 km da capital. A criança foi ao Hospital da Criança (Dr. Odorico Amaral de Mattos), mas a família disse que não foi atendido e lá foi justificado falta de leito.
A criança foi então para Upas, até chega a Upa do Araçagi, onde foi atendida, mas não resistiu. A causa da morte vai ser apurada ainda. A criança tinha quadro de pneumonia e anemia graves.
Antes de ser eleito deputado estadual pelo PSB, Carlos Lula era secretário de Saúde do Governo do Estado, e revelou que a obra do Hospital da Criança não avançou por culpa do prefeito, segundo o deputado:
“Era janeiro de 2022. A obra do Hospital da Criança estava perto de terminar. Eu ofereci a Prefeitura de São Luís, um hospital, o Hospital Dr. Genésio Rêgo. O hospital terai 60 leitos e o Hospital da Criança ia se transferir pra lá, pra que a obra pudesse ser finalizada. Fiz reunião com a direção do hospital e todos estavam animados. O que o prefeito fez? Ele se negou a permitir a parceria e assumiu a obra dizendo que finalizaria em seis meses. Mas a obra já tem mais de ano, e agora ele afirma que vai terminar até o fim do ano”
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) disse que vai abrir investigação interna para saber o que de fato aconteceu.