Nesta terça-feira (3), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol voltou a se reunir, na Sala das Comissões, para ouvir o presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo Lobato Gonçalves, e o presidente da Comissão de Arbitragem da FMF, Marcelo Bispo Nunes Filho. Ambos foram convocados a prestar esclarecimentos na condição de testemunhas, em decorrência de requerimento apresentado pelo deputado Yglésio Moyses (PSB).
A CPI foi criada para investigar o favorecimento de apostadores por meio de ajustes em resultados de jogos do campeonato maranhense de futebol. O presidente da CPI, deputado Osmar Filho (PDT), comandou os trabalhos das primeiras oitivas, com a presença dos deputados Davi Brandão (PSB), relator da CPI, Zé Inácio (PT), Yglésio Moyses e Ricardo Arruda (MDB).
Antes do início das oitivas dos dois dirigentes do futebol maranhense, a CPI reuniu-se, sigilosamente, com o delegado da Delegacia de Defesa do Consumidor, Leonardo Nascimento Diniz, que passou informações aos parlamentares sobre o inquérito em andamento naquele órgão que investiga as supostas fraudes.
Inconsistências
O presidente da CPI destacou a importância das primeiras oitivas em termos de direcionamento dos trabalhos. “As informações trazidas pelas duas testemunhas ouvidas vão acrescentar muito à definição dos próximos passos a serem dados. Acredito que a CPI vai avançar e, se Deus quiser, vamos entregar um relatório positivo que vai blindar o futebol maranhense de quem, de alguma forma, utiliza de artifícios para se beneficiar. Que os culpados respondam por seus atos”, afirmou o deputado Osmar Filho.
Yglésio Moyses afirmou que constatou inconsistência nos depoimentos dos dirigentes no que se refere, principalmente, à questão dos critérios para a escolha dos árbitros. “Essa fase inicial de depoimentos é muito importante. Hoje, demos o primeiro passo e tenho certeza de que vamos avançar mais rumo a esse necessário momento de investigação do futebol maranhense, que vai culminar com o seu fortalecimento”, assinalou.
Para o relator da CPI, Davi Brandão, as oitivas acrescentaram muito às investigações em andamento. “Já temos um norte a ser seguido e mais informações e novos documentos estão vindo. Estamos ouvindo e apurando, com muita responsabilidade, os fatos e com muito discernimento”, frisou.
Próxima reunião
A CPI volta a se reunir na próxima terça-feira (10), às 16h, na Sala das Comissões, para ouvir novas testemunhas e deliberar sobre os próximos passos.