Neste momento de debates sobre a violência nas escolas, alguns discursos ganham mais força que outros pelo simples fato de serem reproduzidos por pessoas que tem grande alcance, mas o risco é que sem conhecimento devido, o problema pode ficar maior, por conta do ruído.
Um exemplo deste momento são os jogos eletrônicos. Não é de hoje que os jogos sofrem com ataques de pessoas sem conhecimento na área. Os jogos com temáticas violentas não são recomendados pra todas as idades, assim como filmes tem faixas etárias a serem observadas, assim também como a literatura também tem publicações que crianças não devem consumir.
Então, os jogos eletrônicos passaram a ser um alvo fácil pra quem quer falar, quer mostrar preocupação com a cabeça de certos jovens mais propensos ao cometimento de crimes.
O ambiente familiar, os problemas pré-existentes, entre outros aspectos que podem definir o perfil de potenciais agressores são deixados “no banco de reservas” em alguns argumentos, uma vez que é mais fácil dizer: “tomem cuidado com os jogos que suas crianças estão jogando”.
O cenário gamer sugere também a união, até mesmo nesses “jogos violentos”. O raciocínio rápido, o trabalho em equipe, entre outros aspectos sociais que podem ser iniciados ou melhorados a partir do ambiente virtual com este jogos simplesmente são deixados de lado em análises rasas.
E esse pensamento está com todas as vertentes políticas. O deputado federal Zé Trovão chegou a sugerir a suspensão dos jogos por 30 dias pra tentar traçar um paralelo dos jogos com os crimes recentes em escolas e creches no Brasil. O presidente Lula também relacionou a violência infanto-juvenil com a adesão aos jogos, e por último a deputada estadual do Maranhão, Mical Damasceno, em seus discurso do dia 20 de abril disse pra tomar cuidadado com jogos utilizados pelas crianças.
Jogo desde criança, assim como milhões de pessoas pelo mundo. De jogos de esportes, passando por estratégia, até chegar aos violentos. Dá pra aprender e estudar por meio de jogos, sugestão: Assassin’s Creed, um verdadeiro banho de história. No esporte, se você quiser começar a entender sobre direção, pode jogar simuladores de corrida no modo manual, é tão verdade que por um tempo o Brasil obrigou pessoas a fazer o simulador, e adivinha: aquele era um joguinho bem ruim perto do que temos no mercado.
Tem mais, se quiser avançar pra ideias políticas, fica a dica para jogar os de estratégia como Age of Empires, Rise Of Nations, Civilization 6, entre outros. E adivinha, todos tem um pouco de violência pelo simples fato de serem representação da realidade.
Mas se você quiser jogar sem nenhuma alusão à guerras, tem Tetris, que ajuda a desenvolver o raciocínio lógico. Tem Super Mario, ahhh, mas até aí tem um pouquinho de violência. O Mario tem que matar o Bowser pra poder salvar a Princesa Peach. Pois é. Mario agora também é violento e pode ser colocado no contexto da criação de monstros assassinos? Fica a questão. A minha opinião você já leu.