O jogo de realidade aumentada “Pokémon Go” é uma febre em boa parte do mundo. No Brasil, a festa começou esta semana. Entre tantas notícias negativas relacionadas ao uso do aplicativo, tem-se também que perceber o que representa este joguinho além do simples entretenimento.

A Nintendo, que tem títulos de sucesso como Mário Bros., teve suas ações alavancadas em superou a Sony, por exemplo, na Bolsa de Tóquio. Até o dia 19 de julho, as ações da Nintendo havia subido (necessariamente por causa do Pokemon Go) 120% o que fez a empresa ficar com valor de mercado girando em torno de US$ 42,5 bilhões. É muita coisa por conta de um “simples joguinho para alienado”, como muitos preferem conceituar. Não é só isso, amigos.
O aplicativo passou a ser uma fonte de entretenimento explorada por empreendedores de diversos setores, em especial os donos de bares, cafés, restaurantes, shoppings, e por aí vai. Negociando com a Nintendo e tendo “pokéstops” (concentração maior de Pokémons) os estabelecimentos aumentaram a frequência de público e, automaticamente, o faturamento. Nada mal ainda mais pra realidade brasileira neste ano de 2016 (crise financeira).
Abaixo, um trecho de uma reportagem do G1 sobre:
O pizza bar L’inizio em Long Island, em Nova York, afirma que suas vendas saltaram 75% no fim de semana pela ativação do recurso “módulo de atração” que atrai personagens Pokémons virtuais para a loja, assim atraindo jogadores próximos. O gerente da loja gastou US$ 10 para ter uma dúzia de personagens Pokémon colocados no local, de acordo com um relatório do New York Post.
Especialistas em marketing disseram que pequenas empresas podem se voltar cada vez mais para o “Pokémon Go” – e redirecionar alguns dos seus gastos com marketing – à medida que o games atraia uma base maior de usuários.
Link: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/07/pokemon-go-pode-ser-ferramenta-de-marketing-para-varejistas.html
Em São Luís, vamos esperar para saber o quanto os empreendedores vão saber explorar mais esta fonte. Cabe ressaltar, que é um jogo, faz parte do lazer, mesmo que muitas pessoas encarem de outra forma. Como na Inglaterra, por exemplo, que uma professora largou o emprego pra virar “treinadora Pokémon”:
A britânica Sophia Pedraza, de 26 anos, largou o emprego como professora para se tornar uma jogadora profissional do game para smartphones “Pokémon Go”. Segundo reportagem do jornal inglês “Metro”, ela ganhava 2 mil libras (mais de R$ 8,6 mil) por mês dando aulas particulares de matemática, inglês e música.
A ideia agora é evoluir contas no game e vendê-las na internet. Pedraza conta que, no site de leilões virtuais eBay, um personagem evoluído até o nível 20 é vendido por mil libras (mais de R$ 4,3 mil).
Link: http://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2016/07/pokemon-go-professora-para-de-dar-aulas-para-virar-jogadora-profissional.html
E eu não vou me surpreender com a notícia de aumento na venda de celulares por conta do aplicativo, uma vez que vários aparelhos não suportam o joguinho. Então, não é apenas um “joguinho pra alienado”, mas sim uma ferramenta nova que não sabemos ainda ao certo o que pode trazer de bom e ruim. Estamos experimentando, mesmo quem não joga.