por Saylon Sousa
Na semana que passou uma notícia muito especial dominou os comentários dos grupos de apreciadores de Cultura Pop: Os Cavaleiros do Zodíaco vai voltar ser exibido na TV brasileira!
Sim, isso não é um boato. Para ser mais exato a informação completa da conta de dois retornos: Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z. Exatamente dois dos maiores clássicos da animação japonesa em solo tupiniquim serão reexibidos na TV aberta. Numa conta nada precisa eu recordo que a última vez em que isso aconteceu foi a 7 ou 8 anos, no máximo 10 para CDZ.

A emissora que anunciou o retorno das atrações ao cenário midiático japonês foi a Rede Brasil, emissora sul mato-grossense com estúdios em São Paulo (confusão não?!). A decisão vem após uma parceria da emissora com a distribuidora Toei Company, que é responsável por comercializar as produções do estúdio japonês Toei Animation.
Chega-se então à conclusão que: assim como no seu passado, Os Cavaleiros do Zodíaco é uma moeda de troca para licenciadores. Toei só tem um interesse em fazer com que esse anime e DBZ voltem a ser exibidos no Brasil, a comercialização de produtos personalizados. Exato! Tanto CDZ quanto DBZ comemoram 30 anos de mangá publicado. Isso por si só é motivo para a produção de peças personalizadas com as marcas. É de conhecimento desses licenciadores que ainda é na TV que se encontra os grandes consumidores mesmo que para esse nicho a internet já não seja uma novidade.
A questão é que o fator nostalgia ainda é um agravante. Foi só anunciar as exibições dos dois animes, que será feita em horário nobre de segunda a sexta a partir do mês de outubro rivalizando com as telenovelas em outras emissoras, que a Rede Brasil ficou tão famosa no fandom dos otaku. E olha que ela há algum tempo vem exibindo doramas em sua programação (seriados e forma de drama que podem ser coreanos ou japoneses, um tipo de telenovela asiática).

No fim de 2016 a Comic Con Expirience 2016 (CCXP 2016) terá um painel especial para a Toei Company tratar sobre CDZ e DBZ e fazer anúncios. Esta é a maior prova de quão forte a indústria dos animes ainda é, e o quão valorizada ela pode ser no Brasil e na América Latina. A própria Rede Brasil não descartou ampliar as atrações do gênero em sua grade de programação. Para muitos otaku isso é um sonho que caminha em busca de uma realidade: ter por mais uma vez uma emissora de TV que, como a extinta Rede Manchete, não só exibiu produções japonesas, mas se tornou um ícone por o fazê-lo.
Para os saudosistas só resta esperar.Já para quem fica – em tempos de Netflix e Crunchyroll – a pergunta paira no ar: Valerá a pena? Aguardemos.