A Ouvidoria do Ministério Público do Maranhão vai participar no próximo dia 7 de fevereiro de uma audiência virtual convocada pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para discutir o caso do brutal assassinato da jovem Ana Caroline Sousa Campelo, ocorrido na madrugada do dia 10 de dezembro de 2023, no município de Maranhãozinho.
De acordo com a Polícia Militar do Maranhão, a jovem, que era lésbica, foi encontrada morta com a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas retirados. No último dia 31, foi preso, em Maranhãozinho, Elizeu Carvalho de Castro, que é suspeito do assassinato.
Em ofício encaminhado à Ouvidoria do MPMA, Vinicius de Lara Ribas, ouvidor nacional de Direitos Humanos, explicou que a audiência tem o objetivo de discutir estratégias de enfrentamento à violência contra a população LGBTQIA+. “Ressaltamos a importância de abordarmos medidas concretas que contribuam para a prevenção de futuros episódios semelhantes, bem como a necessidade de assegurar uma investigação rigorosa e transparente”, esclareceu.
Segundo a ouvidora em exercício do MPMA, procuradora de justiça Mariléa Campos dos Santos Costa, desde que tomou conhecimento do caso o procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, determinou que fossem adotadas todas as providências necessárias pelos membros do Ministério Público para o acompanhamento das investigações.
No dia 22 de dezembro, o chefe do MPMA recebeu representantes de entidades representativas das mulheres, quando foram discutidos casos de violência contra as mulheres no Maranhão, em especial o da jovem Ana Caroline Sousa Campelo.
O promotor de justiça Felipe Boghossian, que responde pela Promotoria de Governador Nunes Freire, de cuja comarca Maranhãozinho é termo judiciário, informou que desde o dia do crime tem acompanhado com muita atenção o inquérito policial, que é presidido pelo delegado Murilo Tavares Pereira, titular da Delegacia de Homicídios da Capital.
No último dia 22 de janeiro, o membro do Ministério Público reuniu-se com familiares e com a companheira da vítima e colocou a instituição à disposição para colaborar com assistência social e psicológica que fosse necessária.